![MEMORIAL DO CONVENTO - Casa das Artes Famalicão](https://agendaculturalminho.pt/wp-content/uploads/2022/09/MEMORIAL-DO-CONVENTO-Casa-das-Artes-Famalicao.jpg)
MEMORIAL DO CONVENTO – Casa das Artes Famalicão
Sinopse
Os rasgos de três histórias de personagens díspares – D. João V e a sua promessa de erigir um Convento colossal; Frei Lourenço e o seu sonho de voar; Baltasar e Blimunda que mais não querem senão a simplicidade do amor que os une. Assim surge uma fluência narrativa única provocada pelos acontecimentos que cruzam as suas vidas e que questionam a mais complexa atitude humana: a vontade. Histórias outrora relatadas pela escrita intensa e perturbadora de Saramago, que ilustram a contemporaneidade inesgotável de uma obra única. E assim… Era uma vez o bailado Memorial do Convento.
Memorial do Convento – bailado em III Atos, parte da relação entre a dança e a narrativa literária, construindo simultaneamente uma simbiose cénica entre coreografia, cenografia e imagem cinematográfica.
Partindo da obra homónima de José Saramago, Memorial do Convento, trata-se, assim, da primeira revisitação em dança desta obra literária assumindo-se como catalisador do diálogo interartístico. Num primeiro plano, a criação coreográfica projeta-se como corpo reflexivo do romance, onde narrativa e universo metafórico se materializam em duas dimensões cénicas distintas, o espaço físico e o espaço cinematográfico. Enquanto a expressividade coreográfica no espaço cénico se assume como veículo de narratividade da obra homónima, o espaço cinematográfico incorpora, através de uma abordagem coreográfica distinta, um plano onde significado e significante, seja através da multiplicação dos corpos em movimento ou da ilustração metafórica, se transmutam. Contudo, embora a intemporalidade marque a estética cénica, a música barroca terá uma ênfase particular na peça enquanto elemento que, não só alude à época do romance, mas também ilustra o excesso materialista invocado na obra literária. Assim, o palco será ocupado pelas 6 personagens centrais da obra, Blimunda, Baltasar, Frei Lourenço, D. João V, D. Maria Ana e Domenico Scarlatti.