Os Virgem Suta são autores de algumas das canções mais contagiantes da música portuguesa. Surgiram em Beja, valeram-se de duas guitarras, e de forma descomprometida foram criando um conjunto de temas que rapidamente conquistaram o público.
Percebemos o que os caracteriza e porque agradam a quem quer que os oiça. Não descartam as suas raízes, transpiram portugalidade e não têm problemas em assumi-lo. A isto aliam camadas sonoras que juntam o lado doce da pop com a irreverência do rock.
A música dos Virgem Suta sugere uma viagem a um território muito particular, rocambolesco, mas ao mesmo tempo real, habitado por personagens que nos parecem familiares. Depois absorvemos as canções e percebemos que afinal é sobre nós, sobre a vida de pessoas comuns, sobre essa coisa tão particular que é ser português, que eles cantam. A ironia aparece a espaços, subtil, mas certeira, servindo para destacar de forma espirituosa as nossas particularidades, contradições, qualidades ou defeitos.
À boa maneira alentejana, dominam a arte de contar histórias. De forma engenhosa, as canções criam imagens tão irresistíveis que facilmente se mergulha no seu imaginário.
Não estão focados em mudar o mundo. Pretendem que se olhe para o presente de forma crítica, mas acentuam o lado bom da vida, lembrando que tudo é melhor quando acompanhado por um bom copo de vinho.
As canções ganham uma outra expressividade nos espectáculos graças à performance irrepreensível com que nos brindam de cada vez que sobem ao palco. Ao vivo colocam uma intensidade que varia entre a energia contagiante e a tranquilidade comovente, criando na audiência o desejo de que a festa não termine tão cedo. No fundo, o objectivo é fazer de cada concerto um encontro animado entre amigos.
É desta forma que os Virgem Suta se apresentam ao vivo. Num espectáculo que junta todos os seus grandes hits, Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo serão os mestres-de-cerimónia de uma festa que promete ser inesquecível. E ninguém ficará de fora.